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1962 e 1963 – Santos

Apesar de enfrentar um Benfica comandado por um Eusébio no auge de seus poderes, o Santos de Pelé estava em outro planeta em 1962.

A equipe portuguesa conseguiu manter o placar próximo no Maracanã antes de sucumbir por 3 a 2, com Pelé marcando duas vezes, mas o jogo de volta no Estádio da Luz foi uma história completamente diferente.

O Santos parecia estar em estado de graça, pois o hat-trick de Pelé os inspirou a abrir uma vantagem de 5 a 0, e o Benfica só salvou a honra com dois gols de consolação nos últimos cinco minutos.

Em comparação, o título de 1963 foi muito mais desafiador. No início do jogo de ida em San Siro, eles foram superados por um Milan fortemente influenciado pelas estrelas sul-americanas Amarildo e Altafini, sem falar do técnico Luis Carniglia, e os habituais dois gols de Pelé não foram suficientes para evitar a derrota por 4 a 2 .

Para piorar a situação, o Santos foi para a partida de volta no Maracanã um mês depois com sua estrela totêmica ausente por lesão.

O Milan aproveitou sua ausência para abrir uma vantagem de dois gols aos 17 minutos, mas a orgulhosa equipe brasileira empatou e Pepe conseguiu seu nome na súmula duas vezes antes de vencer por 4 a 2.

Pelé ainda estava ausente para o jogo disputado do play-off dois dias depois, mas um pênalti de Dalmo foi suficiente para selar o título para o Santos.

As Estrelas de Santos x Benfica (1962) e Santos x Milan (1963)

Jogador-chave

Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido como ‘Pelé’, tem o título de ‘Futebolista do Século’ concedido pela FIFA. E como se isso não bastasse, o mundo do futebol respeitosamente o batizou de ‘O Rei’ (o rei) já em 1958.

Nenhum apelido é mal colocado para um jogador que aterrorizou as defesas em todo o planeta com sua energia, técnica, elegância natural e faro incomparável. Um quarto de século desde sua partida de despedida, ele ainda possui a lista de honras mais impressionante do futebol mundial, com três títulos da Copa do Mundo da FIFA (1958, 1962, 1970) e 1.285 gols em 1.321 partidas.

Pele contra o Benfica, pelo Mundial de 1962

É um recorde que dificilmente será batido.

Filho de um jogador profissional pouco notável, Pelé foi descoberto jogando pelo Bauru FC no início dos anos 1950. O ex-internacional Valdemar de Brito foi o homem que percebeu seu talento único e facilitou a mudança do jovem para o Santos, clube ao qual ficaria para sempre associado. Pelé estreou profissionalmente contra o Corinthians em 7 de setembro de 1956 e, apesar de ainda estar longe de completar 16 anos, marcou sua estreia com um gol. Menos de um ano depois, ele recebeu sua primeira convocação para a seleção brasileira e, naturalmente, marcou em sua estreia internacional.

Depois de ter marcado seu milésimo gol um ano antes, Pelé incendiou o mundo no México 1970, sem dúvida a Copa do Mundo da FIFA mais emocionante de todas. Ele estava no auge de sua carreira, tentando todos os tipos de movimentos ultrajantes, mas ainda dirigindo cada jogada de ataque de um time repleto de estrelas. Quando o Brasil derrotou a Itália por 4 a 1 em 21 de junho, ‘O Rei’ se tornou o primeiro e único jogador a erguer o troféu mundial três vezes.

Ele permaneceu fiel ao Santos ao longo de sua carreira, durante a qual marcou 1.088 gols em 1.114 jogos pelo clube, incluindo 127 em um único ano (1959) e oito em uma partida (Santos 11-0 Botafogo).

Atingindo o fundo da rede contra o Vasco da Gama em 19 de novembro de 1969, Pelé elevou sua contagem para 1000 gols na frente de uma torcida do Maracanã em êxtase, e o jogo teve que ser interrompido por meia hora. Um ano e meio depois, em 18 de julho de 1971, ele fez sua 92ª e última aparição com a camisa do Brasil.

Ele finalmente disputou sua última partida profissional em 1º de outubro de 1977 e, como 700 milhões de pessoas assistiram na televisão, ele marcou seu 1285º gol com uma cobrança de falta a 30 metros de distância.

Técnico

Luis Alonso Perez, ou ‘Lula’ como era conhecido, teve a sorte de estar no lugar certo na hora certa. Apesar de ter sido o homem no banco de reservas quando o Santos conquistou troféu após troféu, sua reputação é ofuscada pela de Pelé.

As Finais – Santos x Benfica (1962)

Times perfilados Santos x Benfica 1962

Ida – 1962

Rio de Janeiro, Campo: Maracaná.
19 de setembro de 1962
Arbitro: R. Cabrera (Paraguai)

Santos (Brasil) 3-2 (1-0) Benfica (Portugal)
1-0 31′ Pelé
1-1 58′ Santana
2-1 64′ Coutinho
3-1 85′ Pelé
3-2 87′ Santana

Santos: Gilmar – Lima, Mauro, Calvet, Dalmo, Mengalvio, Zito, Dorval,
Coutinho, Pelé, Pepe.
Técnico: Lula.
Benfica: José Rita – Angelo, Humberto, Raúl, Cruz, Cavem, Coluna,
José Augusto, Santana, Eusébio, Simões.
Técnico: Fernando Riera.

Volta – 1962

Lisboa, Campo: Estadio Da Luz
Publico: 73.000
11 de outubro de 1962
Arbitro: Pierre Schwinte (França)

Benfica (Portugal) 2-5 (0-2) Santos (Brasil)
0-1 15′ Pelé
0-2 25′ Pelé
0-3 48′ Coutinho
0-4 64′ Pelé
0-5 77′ Pepe
1-5 85′ Eusébio
2-5 89′ Santana

Benfica: Costa Pereira – Jacinto, Germano or Humberto?, Raúl, Cruz,
Cavem, José Augusto, Santana, Eusébio, Coluna, Simões.
Técnico: Fernando Riera.
Santos: Gilmar – Mauro, Dalmo, Olavo, Calvet, Zito, Dorval, Lima,
Coutinho, Pelé, Pepe.
Técnico: Lula.

Santos x Benfica 1962

As Finais – Santos x Milan (1963)

Santos x Milan - Pelé contra Rivera 1963

Ida – 1963

Milano, Campo: San Siro.
16 de Outubro de 1963
Arbitro: Habefellner (Áustria)

Milan (Itália) 4-2 (2-0) Santos (Brasil)
1-0 3′ Trapattoni
2-0 15′ Amarildo
2-1 55′ Pelé,
3-1 67′ Amarildo
4-1 82′ Mora
4-2 84′ Pelé, (pk)

Milan: Ghezzi – David, Trebbi, Pelagalli, Maldini, Trapattoni, Mora,
Lodetti, J. Altafini, Rivera, Amarildo.
Santos: Gilmar – Lima, Haroldo, Calvet, Geraldinho, Mengalvio, Zito,
Dorval, Coutinho, Pelé, Pepe.

Volta – 1963

Rio de Janeiro, Campo: Maracaná, Att: 150.000
14 de novembro de 1963
Arbitro: Juan Regis Brozzi (Argentina)

Santos (Brasil) 4-2 (0-2) Milão (Itália)
0-1 12′ Altafini
0-2 17′ Mora
1-2 50′ Pepe
2-2 54′ Almir or Mengalvio?
3-2 65′ Lima
4-2 68′ Pepe

Santos: Gilmar – Ismael, Mauro, Haroldo, Dalmo, Lima, Mengalvio,
Dorval, Coutinho, Almir, Pepe.
Milan: Ghezzi – David, Trebbi, Pelegalli, Maldini, Trapattoni, Mora,
Lodetti, J. Altafini, J. Rivera, Amarildo.

Jogo Extra – 1963

Rio de Janeiro, Campo: Maracaná
16 de novembro de 1963
Arbitro: Juan Regis Brozzi (Argentina)

Santos (Brasil) 1-0 (1-0) Milão (Itália)

1-0 31′ Dalmo

Santos: Gilmar – Ismael (sent off), Mauro, Haroldo, Dalmo, Lima,
Mengalvio, Dorval, Coutinho, Almir, Pepe.
Milan: Balzarini (Barluzzi) – V. Benítez, Pelegalli, Trebbi,
Maldini (Vermelho), Trapattoni, Mora, Lodetti, J. Altafini
Mazzola, Amarildo, Fortunato.

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