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1960 – Real Madrid

O primeiro jogo da nova competição de clubes aconteceu em Montevidéu. Infelizmente, o campo encharcado da capital uruguaia estragou o jogo como um espetáculo e nenhum dos lados conseguiu fazer o gol.

O Estádio Santiago Bernabéu estava lotado para o jogo de volta dois meses depois. 100.000 torcedores lotaram o estádio e a partida foi transmitida em 13 países com uma audiência estimada de 150 milhões.

O Real Madrid abriu a uma vantagem de 3 a 0 em apenas dez minutos, graças a dois magníficos gols de Puskas e um de Di Stefano.

Herrera e Gento também entraram em ação em uma noite memorável, com os uruguaios apenas conseguindo um gol de consolação de Spencer.

O Real Madrid comandou o jogo de tal forma que os sul-americanos mal deram uma olhada, sendo forçados a reconhecer as habilidades superiores de seus adversários.

Pagina dupla da Revista oficial do Real Madrid datada de setembro de 1960
Normalmente o Real Madrid produzia apenas uma revista oficial do clube por mês, mas esta foi uma edição extra especial produzida para comemorar a conquista do 1º Campeonato Mundial de Clubes de sempre

As Estrelas de Real Madrid x Penarol (1960)

Jogador-chave

Ferenc Puskas foi carinhosamente apelidado de “O Pequeno Canhão” pelos torcedores do Real Madrid, graças à sua temível habilidade de arremesso.

Um artilheiro nato com um pé esquerdo perverso, ele poderia fazer maravilhas com uma bola nos pés.

“Ele pode controlar a bola melhor com o pé esquerdo do que eu com a mão!” seu companheiro de equipe e amigo Di Stefano gostava de dizer.

Puskas, que tinha um olho infalível para o gol e um chute poderoso e preciso, parecia acender a vida dentro e ao redor da área.

Admirado universalmente pelos fãs de futebol, os dois gols do húngaro na partida de volta da Copa Intercontinental o ajudaram a se tornar o maior artilheiro do século 20, segundo a Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS).

O jogador também foi o primeiro artilheiro da história da Copa Intercontinental.

Capa da edição extra especial da Revista oficial do Real Madrid datada de setembro de 1960
Capa da edição extra especial da Revista oficial do Real Madrid datada de setembro de 1960

Técnico

Miguel Muñoz é uma verdadeira lenda madrilena. Como jogador, foi o capitão do Real Madrid nas três primeiras Taças dos Campeões Europeus e como treinador varreu o quadro.

Ele é o atual detentor de dois recordes com a equipe de Madrid: o treinador que passou mais tempo no comando (13 anos e 6 meses), e o treinador que acumulou o maior número de troféus (9 títulos da Liga, 2 Taças da Europa, 2 Taças de Espanha e 1 Taça Intercontinental).

Muñoz conseguiu tirar o máximo proveito de uma geração de jogadores que já havia vencido tudo.

Ele também soube reconstruir a equipe com foco na juventude, abrindo caminho para o sucesso futuro.

Esta foi a primeira conquita do Real Madrid, que soma 7 títulos Mundiais 1960, 1998, 2002, 2014, 2016, 2017 e 2018.

As Finais – Real Madrid x Penarol (1960)

Ida – 1960

Montevidéu, Estádio Centenário
3 de julho de 1960
Arbitro: José Luis Praddaude (ARG)

Peñarol (URU) 0-0 (0-0) Real Madrid (SPA)

Peñarol: Luis M. Maidana – William Martínez, Milton Alves da Silva
(Salvador), Santiago Pino, Néstor Gonçalvez, Walter Aguerre,
Luis A. Cubilla, Carlos A. Linazza, Juan E. Hohberg,
Alberto P. Spencer, Carlos Borges

Real Madrid: Rogelio Domínguez – “Marquitos” Alonso, José E. Santamaría,
“Pachín” Pérez, Vidal, Zárraga, Canario, Del Sol,
Alfredo Di Stéfano, Ferenc Puskas, Bueno

Volta – 1960

Madrid, Estádio Chamartín
4 de setembro de 1960
Publico: 100.000
Arbitro: Aston (Inglaterra)

Real Madrid (SPA) 5-1 (4-0) Peñarol (URU)
1-0 2′ Puskás
2-0 3′ Di Stéfano
3-0 8′ Puskás
4-0 40′ Herrera
5-0 54′ Gento
5-1 80′ Spencer

Real Madrid: R. Domínguez – J.E. Santamaría, J. Zárraga, “Marquitos” Alonso,
J. Vidal, “Pachín” Pérez, Herrera, L. Del Sol, A. Di Stéfano,
G. Puskas, F. Gento
Treinador: Miguel Muñoz

Peñarol: L. Maidana – F. Majewski, W. Martínez, S. Pino,
M. Alves da Silva (Salvador), W. Aguerre, L. Cubilla,
C. Linazza, J. E. Hohberg, A. Spencer, C. Borges
Técnico: Roberto Scarone

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